Uma Europa sem dinheiro dentro de 10 anos?

Transações eletrónicas substituem a utilização de moedas e notas físicas

De acordo com o novo EPR – European Payment Report de 2019, os dias com notas e moedas estão contados, consideram muitas empresas em toda a Europa.

Metade das empresas europeias acredita que o seu país deixará de ter dinheiro em dez anos adotando dinheiro virtual. O Relatório da Intrum, principal empresa de serviços de gestão de créditos da Europa, mostra que 25% de todas as empresas inquiridas acredita que o seu país abandonará o dinheiro físico dentro de cinco anos, enquanto outros 25% acreditam que isso acontecerá no prazo dez anos.

Das 11.856 empresas inquiridas, 48% diz que seu país ficará sem dinheiro em dez anos. Enquanto 52%, diz que vai acontecer mais tarde ou nunca.

Questionadas sobre as consequências de uma economia sem dinheiro, mais de metade das empresas temem uma maior exposição a ataques cibernáuticos, enquanto um terço pensa que tornaria as rotinas de pagamento e a contabilidade mais eficientes.

País por país, a Grécia é o local onde a maioria das empresas (66%) acredita que uma sociedade sem dinheiro vai acontecer dentro de dez anos. Na Irlanda, Roménia, Suécia e Bélgica, seis em cada dez empresas acredita que isso acontecerá em breve. Na República Checa, Eslováquia, Hungria, Polónia, Estónia e Lituânia, duas em cada três empresas dizem que isso acontecerá mais tarde ou nunca. A Sérvia é o país com menos crentes, onde apenas 18% considera que o seu país vai ficar sem dinheiro em dez anos.

Em Portugal, quando inquiridos sobre a possibilidade de uma sociedade sem dinheiro físico nos próximos dois anos, os gestores portugueses estão muito alinhados com os seus homólogos europeus. Apenas 6% afirma que nos próximos dois anos o dinheiro físico vai deixar de ser utilizado, enquanto a média europeia sobe para 7%. Quando esta reflexão tem uma perspetiva temporal mais alargada (5 anos), Portugal e a Europa divergem substancialmente, ficando Portugal nos 10% e a Europa nos 17%.