
Economy in Focus #15 – Para além da inflação: os desafios que continuam a pesar sobre as famílias europeias
Das pressões persistentes sobre os preços às finanças frágeis das famílias, a recuperação da Europa continua desigual. Nesta edição de Economy in Focus, a Economista Sénior Anna Zabrodzka-Averianov analisa os principais riscos que moldam as perspectivas da região e o que significam para consumidores, empresas e decisores políticos. A 15.ª edição foi publicada em Setembro de 2025.
Pressões persistentes sobre os preços
Apesar da inflação moderada, o custo de bens essenciais como a alimentação e a energia permanece muito acima dos níveis anteriores à crise, reduzindo o poder de compra das famílias e sobrecarregando os orçamentos.
Pagamentos em atraso a travar o crescimento
Os atrasos de pagamento continuam a afectar tanto as famílias como as empresas, reduzindo o fluxo de tesouraria e ameaçando a frágil recuperação económica da Europa.
Limites do apoio governamental
Subsídios de curto prazo e medidas de apoio atenuaram o impacto, mas não conseguiram proporcionar estabilidade financeira duradoura aos grupos mais vulneráveis.

Comentário da Economista Sénior da Intrum:
"A recuperação da Europa continua frágil e desigual. Embora as condições estejam a melhorar, os custos elevados e os atrasos de pagamento continuam a pesar sobre as famílias e as empresas. Mesmo perturbações moderadas podem voltar a colocar partes da economia de volta ao stress."

Custos da energia mantêm as famílias sob pressão
Embora os preços grossistas da energia tenham estabilizado, os preços retalhistas permanecem elevados em grande parte da Europa. A eliminação dos subsídios e a repercussão desigual das reduções de custos estão a deixar muitas famílias expostas, com as famílias com rendimentos mais baixos a gastarem uma parte desproporcionada dos seus rendimentos em energia. O aumento dos riscos geopolíticos ameaça fazer subir novamente os preços.

Estabilidade frágil esconde vulnerabilidades mais profundas
A economia europeia está a dar os primeiros sinais de recuperação, mas, debaixo da superfície, a resiliência financeira continua a ser fraca. Os custos elevados, os atrasos de pagamento e o crescimento desigual dos salários continuam a sobrecarregar tanto as famílias como as empresas, deixando muitas delas em situações limite e vulneráveis a choques económicos, mesmo moderados.