Dia Internacional da Mulher

Preocupações com a sustentabilidade motivam 71% das mulheres a limitar os seus gastos

  • Mais de 76% das mulheres portuguesas não consegue suportar o estilo de vida sustentável que gostaria de ter – quinze pontos percentuais acima da média europeia, 61%;
  • 59% das mulheres portuguesas receia que a sua estabilidade financeira só fique normalizada daqui a, pelo menos, 12 meses;

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, a Intrum procurou perceber os hábitos de consumo da população feminina através do seu mais recente estudo European Consumer Payment Report. Os dados apresentados foram recolhidos em 2021 com uma amostra de 1000 inquiridos portugueses, dos quais 493 eram mulheres.

Quando abordamos gastos, é inevitável associá-los à situação e contexto que estamos a vivenciar. Assim, o tema da pandemia do Covid-19 continua a preocupar os consumidores portugueses, já que 55% prevê que a Covid-19 terá um impacto negativo nas suas finanças durante, pelo menos, mais 12 meses, valor superior à média europeia que se situa nos 43%. Esta preocupação fica especialmente patente no género feminino com 59% a recear que o seu bem-estar financeiro só se deverá estabilizar após o intervalo de um ano.

Fruto do período de isolamento e dos acontecimentos que têm ocorrido a nível mundial, a consciência da necessidade de mudar o estilo de vida acentuou-se e, quando questionadas sobre a temática da sustentabilidade, as mulheres portuguesas mostram-se interessadas no assunto.

Comparativamente ao período pré-pandemia, 71% das mulheres portuguesas está a comprar menos artigos precisamente com o objetivo de reduzir a acumulação de objetos e de ter uma vida mais simplificada. Esta preocupação manifesta-se também a nível de refeições, uma vez que 72% das mulheres portuguesas declara que aproveita mais as sobras dos alimentos do que anteriormente, superando o valor médio de 61% das mulheres europeias. Desta forma, adiam a compra de novos alimentos e reduzem o impacto que o desperdício alimentar teria no ambiente. Tanto a nível de consumo como em desperdício alimentar, as mulheres mostram-se mais conscientes e preocupadas do que os homens, dado que destes apenas 66% reaproveitam alimentos e 66% adquirem menos artigos.

Após a compra, a questão da preocupação dos negócios com a sustentabilidade e o impacto da sua actividade no meio ambiente parece influenciar o sentido de urgência com que é feito o pagamento das compras realizadas, em particular para o grupo etário dos 18 aos 37 anos (72% em Portugal e 80% na EU). Curiosamente, é junto dos homens que este tema assume mais peso, já que 38% dos consumidores masculinos não sente remorsos se pagar à entidade mais tarde do que o acordado, caso desconfie que o negócio não tem em conta responsabilidades éticas para com o ambiente. Em menor número, apenas 27% das mulheres partilha este raciocínio.

Em termos genéricos, viver de forma mais amiga do ambiente acarreta custos que nem todos os consumidores conseguem suportar. Assim, em resultado do preço mais elevado das opções sustentáveis disponíveis no mercado, 76% das mulheres portuguesas assume que não consegue ter o estilo de vida que gostaria de ter, valor que supera a média europeia de 61% e os 69% que encontramos junto dos consumidores masculinos.

Para concluir, Luís Salvaterra – Diretor-Geral da Intrum Portugal – realça que “embora seja verdade que as intenções do consumidor nem sempre se traduzem em ação, as empresas devem estar atentas à tendência crescente sobre as preocupações com a sustentabilidade, garantindo a fidelização desses clientes e protegendo o seu negócio e o fluxo de tesouraria”.

Para obter um exemplar do estudo siga a ligação.