Mais de metade das empresas portuguesas considera ter tido sorte em sobreviver ao impacto da COVID-19

COVID-19 colocou muitas empresas europeias em grande pressão

  • Na Europa, o valor é inferior, situando-se nos 49%;
  • 69% dos inquiridos afirmam que o país já entrou em recessão ou que ela está eminente;
  • 51% das empresas portuguesas acredita que em 2022/2023, os seus negócios retomarão a normalidade;

O Orçamento do Estado para 2022 foi apresentado esta semana e das várias medidas que constam no documento, é possível verificar a necessidade existente em continuar a apoiar e incentivar as empresas para que recuperem do impacto que a COVID-19 causou nas suas receitas e investimentos.

O estudo da Intrum, EPR – Europen Payment Report, revela que no último ano, a COVID-19 colocou muitas empresas europeias em grande pressão. Hoje, o destino de milhares de pequenas e médias empresas (PME’s), que representam mais de metade do PIB da Europa, está em risco. Em média, uma em cada duas empresas europeias (49%), reconhece ter tido sorte em sobreviver ao impacto que a crise COVID-19 causou nas suas receitas e tesouraria. Em Portugal, a percentagem foi superior, situando-se nos 51%, resultado muito equilibrado entre PME (51%) e Grandes Empresas (50%).

Indo ao encontro desta realidade, o Orçamento de Estado apresentado na Assembleia da República prevê um novo incentivo fiscal à recuperação, de forma a dar um apoio suplementar às empresas para investirem no sentido da recuperação e da sua capitalização.
A perspetiva de uma desaceleração económica também se reflete no estudo da Intrum, com 62% das empresas europeias a afirmar que uma recessão pode estar iminente no seu país, valor superior aos 56 por cento que afirmaram o mesmo em 2020. Em Portugal, os inquiridos que afirmam que o país já entrou em recessão ou que ela está eminente, sobe para 69 por cento, menos 7 pontos percentuais que em 2020.

Expectativas económicas: uma perspetiva empresarial

A Intrum revela ainda que os Executivos de toda a Europa preveem um clima de incerteza para os próximos anos. Cerca de metade daqueles que viram os seus lucros diminuir, dizem que apenas em 2022 ou 2023, é que os negócios retomarão a normalidade. Em Portugal, este valor sobe para 51%.

A nível setorial, a Banca e as Sociedade Financeiras (36%) e o setor dos Transportes (63%) acredita que os seus negócios voltarão à normalidade entre 1 a 2 anos). Já nos setores de energia, extração mineira e utilities (50%), imobiliário e Construção (56%) e Serviços empresariais (34%) acredita que a recuperação será entre os 6 meses a 1 ano.
O estudo EPR demonstra ainda que, como resposta à crise da COVID-19, 13% das PME e 17% das grandes empresas tiveram de tomar medidas que não seriam concretizadas caso a pandemia não existisse, nomeadamente o cancelamento ou adiamento de investimentos estratégicos.

Para Luís Salvaterra, Diretor-Geral da Intrum Portugal, “A pandemia COVID-19 veio mudar a forma como vemos o mundo. Com todo o clima de incertezas, existe também uma grande necessidade de as empresas se reerguerem e voltarem a investir. Na Intrum, criamos valor para as pessoas, empresas, acionistas e para a sociedade em geral. Somos movidos pelo nosso propósito de liderar o caminho para uma economia saudável e somos orientados pelos nossos quatro valores, que descrevem quem somos e como nos comportamos no nosso trabalho do dia-a-dia.

Para obter um exemplar do estudo clique aqui.