Recessão pan-europeia devido à COVID-19 terá impacto severo nas empresas portuguesas

Portugal no top 3 dos países mais preocupados com o impacto causado pela COVID-19

  • 76% das empresas portuguesas afirma estar em recessão ou prevê isso acontecer no prazo de 1 ano;
  • Setor de hotelaria e lazer serão os mais afetados pela crise;
  • Recursos humanos são os mais afetados de acordo com as respostas dadas pelas empresas europeias;

A Intrum divulga hoje uma edição especial do EPR - European Payment Report, o White Paper europeu 2020, que tem como objetivo analisar o impacto da pandemia COVID-19 nos pagamentos das empresas europeias.

O estudo, que envolve 29 países, afirma que Portugal (83%) está no top 3 de países que considera a recessão pan-europeia é um dos maiores obstáculos que as empresas vão enfrentar nos próximos 12 meses para receberem nos prazos. Percentagem esta muito superior à média europeia que se situa nos 57%. O primeiro lugar do ranking é ocupado por Espanha com uma percentagem de 92%.

Salienta-se que a nível europeu, as opiniões dos países foram sofrendo alterações, uma vez que, antes da crise, 41% dos inquiridos europeus expressava esse receio para 2020 e durante a crise, a percentagem aumentou para 66%.

As empresas portuguesas (47%) consideram ainda que a recessão terá um impacto severo nos seus negócios. Apenas Espanha (54%) e Polónia (48%) têm percentagens superiores a Portugal. Os Países Baixos (14%) e a Irlanda (21%) são os países menos receosos com a aproximação de uma recessão causada pela pandemia COVID-19.

O estudo EPR 2020 revela ainda que os setores da hotelaria e lazer (42%), Indústria e Química (41%) e Energia (41%) serão os mais afetados pelo impacto da recessão. Governo e setor público (31%), serviços prestados às empresas (35%) e transportes e logística (36%) serão os setores menos afectados.

Mais de metade das empresas europeias afirma que os atrasos de pagamentos estão a ter um impacto elevado na liquidez das empresas e 39% acredita que poderão não sobreviver à recessão. Não contratar novos funcionários (38%), perda de rendimento (34%) e despedimento de trabalhadores (31%) são também consequências graves do impacto da crise causada pela COVID-19.

Em contrapartida, Portugal não ocupa os primeiros lugares no ranking dos países que considera que os pagamentos em atraso irão reduzir a liquidez das empresas. Apesar de atingir um valor de 48%, superior à média europeia de 45%, existem 16 países com uma visão mais negativa, nomeadamente Espanha (62%) e Grécia (56%).

Para Luís Salvaterra, Diretor-Geral da Intrum Portugal, “Garantir um fluxo de caixa constante por meio de pagamentos nos prazos é agora mais importante do que nunca. Muitas empresas estão a trabalhar no sentido de garantir a sua sobrevivência, uma vez que foram forçadas a fechar rapidamente devido às medidas aplicadas pelo governo após a pandemia da COVID-19”.

Obtenha aqui a sua cópia gratuita do estudo